quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Tragédia em Família

Vocês devem ter assistido a notícia que chocou o Alto Sertão!!! Filho é acusado de matar o pai com 20 facadas enquando o senhor dormia...segundo a polícia, eles era intrigados há algum tempo e nesse mesmo dia tinham feito as pazes e bebido juntos até à noite. O filho esperou o pai dormir para cometer o crime. Depois de assassinar o pai ele deixou o som ligado e a porta fechada para ninguém perceber o que havia acontecido e fugiu. Só no outro dia pela manhã os vizinhos estranharam o som ainda ligado em alto volume a chave do lado de fora da porta, foi aí que encontraram o corpo do pai. Se você acha que isso é cena de um crime na grande São Paulo, tá errado! Foi numa zona rural da pequena cidade de São José de Piranhas.

Quando vamos atrás de histórias como essa aí, não há empolgação, felicidade..como repórter penso como contar essa história sem chocar tanto, mas o fato é cruel demais para não chocar. A caminho dessa notícia, fui pensando em como reconstituiria isso e por que o filho teria esse sangue frio, essa crueldade? Que 'motivos" teriam ele para cometer o crime com o próprio pai...

Reconstituir histórias assim, não é um tarefa fácil, mas precisa ser feita com profissionalismo e humanidade. Na "minha humilde opinião" (como diria um dos meus chefes) ainda que apressados para ter as informações e fazer a reportagem, não podemos nos aproximar de quem está envolvido numa tragédia dessas, com desumanidade ..é difícil porque não posso me envolver com o sofrimento da pessoa, mas também não posso ignorar o que está ali, diante dos meus olhos com frieza! Nesses casos, o bom senso é a saída, mas não dá pra esquecer que antes de ser jornalista, sou humana!

E se você fosse repórter, o que faria?

Você precisa da foto da vítima e nesse caso do acusado também, porque são da mesma família; como conseguir?
Você precisa da versão da polícia, porque geralmente são eles quem vão até o local do crime e catalogam as primeiras informações; se o polcial diz que não quer gravar entrevista, o que fazer?
E as testemunhas, onde e como encontrá-las? Você vai precisar delas...

A caminho dessa trágica notícia, que decisões você tomaria?

10 comentários:

  1. Olá menina, parabéns pelo blog...muito bacana essa relato das reportagens, uma espécie de "diário de bordo". Original! Valeu e visite meu endereço tb...bjkas!!!!

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  2. parabens pelo blog e pelas materias do alto sertao, vc tem muito profissionalismo, bacana seu relato sobre a tragedia familiar! Valeu

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  3. Lembra-se de meus elogios quanto ao seu trabalho na TV quando a revi há algumas semanas atrás em um jornal aqui de Campina? Foram sinceras sim. Não costumo elogiar sem nenhum motivo. Percebi de cara em você através de suas matérias uma Instigante força narrativa, um tom de descrição pausado,cálido, que agrada muito bem as nossos ouvidos, sua beleza também ajuda. Espero que dê sempre continuidade a seu trabalho de repórter, sempre com essa qualidade. Abraços

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  4. O pior que tem em toda essa história é quando o povo acha que adoramos fazer matéria de crime. Monike descreve muito bem a sensação que temos ao fazer matérias desse tipo. Com o passar do tempo, acho que percebemos que podemos ser mais humanos. No começo, tentamos resistir mais por acharmos que só assim conseguiremos mostrar o fato como ele é.

    Parabéns, Monikita!
    Xero!

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  5. Pois é Monike, essas perguntas são muito difíceis de serem respondidas, até porque nem todas elas tem resposta. Matéria de crime sempre é um desafio, e ao mesmo tempo um desgaste emocional para o repórter. Que bom saber que não é só eu que sinto isso na hora de uma matéria como essa. Mas, a matéria tem que ir pro ar de qualquer jeito e essa é a nossa profissão. Beijão!!!

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  6. é isso mesmo gente..a reportagem tem que ir pro ar e ponto final...nos caminhos dessas e outras notícias vamos desenrolando do nosso jeito, né? Mas não é fácil lidar com a dor alheia, principalmente pelo fato de sermos tão humanos quanto eles e de pensarmos que um dia podemos estar do outro lado do caminho, da notícia...

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  7. Complicado. Acredito que em momentos como estes somos colocados em xeque, principalmente pq uma das intermináveis discussões em jornalismo é a tal "imparcialidade". Como relatar um caso como esse, sem nos colocarmos de alguma forma "inseridos" nessa brutalidade? Aline Durães

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  8. Monike minha linda amiga! adorei o seu Blog. Um verdadeiro diário de bordo! é bom saber por vc as sensações de um jornalista a caminho da sua matéria!

    parabéns por tudo que vc vem conquistando!

    Beijos Kassandra!

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  9. Ah, obrigada pelos elogios, mas esse diário é também um desabado de sentimentos, dificuldades e vitórias que ficam de fato nos bastidores das notícias!
    Tomara que esse blog vire febre em vocês e que não deixem de me dar essa honra que é tê-los por aqui também...obrigada!
    beijos

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